Tecnologias verdes: sustentabilidade 5.0

November 19, 2025

Estamos nos aproximando da COP30, um dos principais e mais emblemáticos eventos de sustentabilidade e mudanças climáticas do mundo. Realizado em novembro, em Belém, a proximidade de uma ativação desse porte em nosso país nos faz refletir sobre diversos pontos relevantes e que permeiam o assunto.

Convivendo com CEOs e C-levels de diversos segmentos, noto que o que antes era visto com distanciamento ou, em alguns casos, conveniência, agora ganha tons de relevância e estratégia dentro das empresas mais atentas. É nesse cenário que surge (e ganha força) o conceito de Sustentabilidade 5.0, no qual tecnologias verdes se tornam protagonistas na criação de modelos de negócio responsáveis, competitivos e regenerativos.

Se há alguns anos a sustentabilidade estava atrelada a práticas de compensação e redução de danos, como é o caso da neutralização das pegadas de carbono, hoje a sustentabilidade 5.0 é sobre ser capaz de gerar impacto positivo para o meio ambiente e para a sociedade, usando a tecnologia como motor de impulsionamento.

Um ótimo exemplo é o conceito de Internet das Coisas (IoT) - já amplamente aplicado à Indústria 4.0 - que é responsável por aplicar sensores inteligentes para monitorar consumo de energia em tempo real, algoritmos que otimizam cadeias logísticas para reduzir emissões, inteligência artificial para prever demandas e evitar desperdícios, auxiliando na criação de materiais sustentáveis.

Destaco aqui que adotar tecnologias verdes não é apenas uma questão de responsabilidade socioambiental: é também estratégia de negócio. Com isso, noto diversas verticais em franca expansão, como Energia limpa e digitalizada; IA para eficiência ambiental; Blockchain para rastreabilidade; Economia circular digitalizada; e claro, as chamadas Construções Verdes.

O desafio para as empresas agora é que essa transição exige investimento e, principalmente, uma mudança cultural e métricas claras para toda a organização. Afinal, independente do setor, não podemos jamais esquecer que a tecnologia, sozinha, não garante sustentabilidade. Qualquer atividade ou ação proposta para otimizar esse recurso no mundo corporativo deve vir acompanhada de governança, transparência e compromisso real com a sociedade.

Por fim, reforço que o futuro não é apenas criativo. Ele é, essencialmente, regenerativo. Portanto, devemos liderar como agentes que precisam reduzir impactos, mas, principalmente, atores capazes de regenerar ecossistemas. E somente a combinação de tecnologia, inovação e consciência social será a responsável por criar um caminho no qual crescimento e cuidado com o planeta caminham juntos.

*Por Bruno Padredi

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