Ameaça silenciosa - a IA está transformando profissionais em menos eficientes?

Mais do que adquirir produtos, as big techs estão investindo em talentos e know-how. O modelo acquihire cresce com força, impulsionado por regulações antitruste e a corrida por mentes brilhantes.
April 8, 2025

Inteligência Artificial e todas as suas variações. Esse é o tema da vez (e ainda será por alguns anos). O ponto deste aqui não é discutir isso. Quero compartilhar com vocês um questionamento: será que estamos, de fato, fazendo uso da IA para sermos melhores ou ela está criando profissionais menos eficientes?

Um novo estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS- 2025) revela um obstáculo social que ameaça silenciosamente o avanço da transformação digital: profissionais que utilizam IA são percebidos como menos diligentes, menos competentes e mais facilmente substituíveis, mesmo quando demonstram performance superior. 

Esse cenário (ainda incerto) nos faz questionar que em meio a tantas automações, aumento de performance e todo esse progresso tecnológico, surge uma ameaça social silenciosa e ainda pouco debatida: o estigma em torno de quem usa IA no dia a dia.

De certa forma, a origem dessa percepção de quem faz uso de recursos de IA vem do conceito de que ela entrega “facilidades”, ou seja, que não há esforço por parte do profissional. E esse é um engano clássico, afinal é preciso estudar e entender a fundo como essas ferramentas funcionam para conseguir delegar tarefas que sejam, de fato, realizadas com a mesma dedicação de uma pessoa.

O ponto central é que, gostemos ou não, a IA não irá recuar e tende a ampliar seu alcance (no âmbito profissional ou pessoal). Portanto, cabe a nós, gestores, fazer com que ela se torne parte integrante dos processos internos, sejam eles criativos, analíticos ou operacional da empresa.

Ignorar ou marginalizar o potencial das soluções de IA é viver em um mundo de ilusões, com castelos de areia prestes a ruir, e ninguém deseja isso para o próprio negócio. 

Portanto, é preciso repensar as resistências, criar uma cultura de adaptabilidade e rever quais são os reais valores associados ao trabalho e a competência, construindo ambientes onde inovação e reconhecimento caminhem juntos.

*Por Bruno Padredi

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